sábado, 23 de novembro de 2024

Incessante luz
desencadeou meu coexistir,
nessa longínqua estrada
do desinquieto.

Sede por mim
transborda, inunda, invade—
mas sucumbir, nunca.
Nunca foi opção.

Retorno.
Emergir, existir
para além do fundo,
do fundo de mim mesma.
Tomar ar.

Reviver.
Curar cicatrizes, aliviar dores do passado.
Estou do outro lado,
e daqui balanço os ombros,
abraço o meu perdão,
e beijo as feridas.

E não—
não aceito ser outra.

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