Feche os olhos, eu digo devagar.
Estou bem atrás de você. Sussurrando no seu ouvido.
Dez anos se passaram.
Estamos de novo aqui.
Você ouve as buzinas e sirenes da cidade intercalando cada palavra minha.
O céu azul não carrega nenhuma nuvem dessa vez.
O sol toca sua pele como se derramasse vida em abundância.
Uma mão repousa em seu ombro, outra em seu coração. Está acelerado.
Estou dizendo que faz exatos dez anos hoje.
Estamos no telhado, de novo. Somos essa espécie de sobreviventes eloquentes e delinquentes do amor.
Mesmo de olhos fechados você sabe que estou sorrindo. Você conhece.
Sopro seu ouvido e a curva do seu sorriso também aparece.
Respiro uma vez e descanso minha cabeça em seu ombro.
Dez anos e estamos de pé. Aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário