Almas sem destino a serviço do sistema. Hipnotizadas pelo
conforto e controle. Hipnotizadas pela rotina. Com sorrisos borrados aos rostos
pálidos. Vividos em súbita e sombria existência.
Perdemos as grandes guerras. Estão vencidas, dizem os avós. Perdemos
porque nascemos nessa geração online e off-line. A revolta está entorpecida por
cosméticos e rivotril. A cura do sistema, a serviço do sistema. Em massa, em
comando, em multidões insones, invisíveis. Descolocando-se para cair em colisão
com a cegueira mutua e congelada da igualdade social patrocinada em demasia por
partidos políticos.
Não estamos realmente vivos até que sintamos medo, não
estamos vivos se estamos sempre online. Não estamos vivos se estamos sentados
em frente a uma tela hipnotizante. Não estamos realmente vivos se estivemos
entorpecidos.
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