demasiadamente

Perdi as contas de quantas vezes já entrei nesse período de introspecção dentro da minha mente.

Perdi as contas de quantas vezes quis desistir de tudo, largar absolutamente tudo e é difícil ouvir minha mente, tomar iniciativas, decisões, rumos. Começar algo novo e realmente traçar o famoso "objetivo".

Eu não sei o que há comigo, mas eu sinto vontade de tudo, mas não tenho força de vontade para absolutamente nada. Sempre que me vejo assim, navegando em mares rasos demais, círculos confortáveis demais, mas que me entristecem não sei o que fazer. Sinto as mãos atadas. 

O cansaço quase louco de tentar, tentar e não chegar a lugar nenhum. O fracasso gritando ao meu ouvido. 

Tempo e dinheiro parecem inimigos cruéis demais que eu nunca vou vencer. As velhas paixões parecem demasiadamente exauridas, como se o simples ímpeto de tentá-las fossem uma piada de mau gosto, porque eu sei que não vou insistir. Não vou persistir. Em nada.

As vezes me pergunto se a tecnologia me tornou essa criatura imediata, com pressa, sem paciência. Essa criatura que odeia tanto o relógio, mas está sempre de olho nele, como se eu pudesse controlá-lo. Memorizá-lo ou impedi-lo de ir tão rápido, tão depressa. Odeio o tempo. 

Odeio observá-lo com tanta frequência. Odeio a impotência diante dele. 

Eu só queria uma chance, uma luz, um caminho, um aviso, um sinal.  

Comentários

Postagens mais visitadas