Penumbra

            Quando amanhece naquele domingo meus olhos tentam se adequar a luz, que sem aviso algum está entrando pelas frestas da janela. Uma espécie de penumbra, que observo, chega ao teto verde. Acordei ao seu lado de novo e é impossível não te observar. Tenho essa vontade louca de te beijar e acariciar, mas observo você dormir tão tranquilamente.
             Fizemos amor noite passada e é sempre novo, único, hipnótico quando meu corpo se entrega, te sente e se desfaz quando entra em êxtase. Com a ponta dos dedos, ontem, caminhei em seu peito. O toque é sempre diferente quando é assim, com a ponta dos dedos, parece uma espécie de conexão e erupção que não posso descrever em palavras, é sentimento puro. Legitimo. Te percorri com a ponta dos dedos, apertei uma gordura no quadril, aquela que amo tanto e voltei meu toque até aquela parte em especifico que amo tanto no meio do peito. Meus dedos se encaixam perfeitamente ali, como se fosse a parte que faltava. Gosto também de morder sua bochecha, em seguida trago seus lábios até mim com os dentes. É o beijo que me faltava toda a vida, esse, exatamente esse que você tem.
              Ontem a noite estivemos em encaixe, estivemos em outra dimensão, estivemos em uma dança lenta e conhecida, mas nunca igual, sempre incrível e surreal.

Não sei da onde você veio, mas amo cada traço seu e explode dentro de mim uma vontade sem igual

 de te tornar meu,

assim,

pra sempre,

desse jeitinho,

meu.

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