Duas décadas e seis anos
Mês passado fiz 26.
Esse ano porém não escrevi como de costume no meu aniversário alguma espécie de texto triste e melancólico.
Não.
Eu não escrevi nada.
Estava tudo branco.
Estagnado. Sem qualquer concordância dentro da minha cabeça para colocar em palavras.
É abrupto demais quando percebo a vida correndo no calendário.
As vezes dá paralisia quando noto a idade, quando penso nos sonhos, quando penso em tudo. Tudo explode rápido demais e quando abro novamente os olhos perdi o tempo. Tomo fôlego e tento de novo e de novo, até me sentir com os pés no chão.
Os vinte seis anos veio como tornado que tirou tudo do lugar, mas que agora parece deixar tudo se aquietar lentamente.
Estou feliz. Mesmo que não esteja onde gostaria de estar, sinto felicidade e gosto tanto de tudo da pessoa que sou. Amo cada parte do meu corpo. Amo meu cabelo, amo minha personalidade, amo essa mulher que me tornei de repente.
Foi um processo longo, doloroso, hostil, mas eu cheguei até aqui e é incrível, cara. Talvez amanhã eu esteja triste por qualquer coisa boba, mas eu sei que vai passar da mesma forma que chegar. Porque eu consegui preencher dentro de mim o turbilhão de sentimentos que me enfureciam no passado. Porque lá atrás eu prometi tantas vezes buscar a felicidade. Prometi negar tudo que me acorrentava. Prometi a mim mesma buscar a cura para feridas, para sentimentos contrários. Para essa mente insana que machucava tanto e tantas vezes.
Eu consegui calar meus demônios. Eu consegui caminhar. Eu consigo me erguer.
Talvez isso faça parte do sentimento de estar descobrindo alguém. É sempre avassalador quando isso acontece porque me tira do eixo, mas dessa vez parece que está só me deixando feliz demais para me dar conta de qualquer fagulha de fumaça.
Eu sempre tenho medo. Medo dos sentimentos. No entanto, estou caminhando acreditando nesse sentimento que veio tão forte e tão de repente. Talvez eu me machuque pra caralho, mas vez ou outra eu me arrisco em desarmar meus escudos e me derramo por inteiro.
Esse ano porém não escrevi como de costume no meu aniversário alguma espécie de texto triste e melancólico.
Não.
Eu não escrevi nada.
Estava tudo branco.
Estagnado. Sem qualquer concordância dentro da minha cabeça para colocar em palavras.
É abrupto demais quando percebo a vida correndo no calendário.
As vezes dá paralisia quando noto a idade, quando penso nos sonhos, quando penso em tudo. Tudo explode rápido demais e quando abro novamente os olhos perdi o tempo. Tomo fôlego e tento de novo e de novo, até me sentir com os pés no chão.
Os vinte seis anos veio como tornado que tirou tudo do lugar, mas que agora parece deixar tudo se aquietar lentamente.
Estou feliz. Mesmo que não esteja onde gostaria de estar, sinto felicidade e gosto tanto de tudo da pessoa que sou. Amo cada parte do meu corpo. Amo meu cabelo, amo minha personalidade, amo essa mulher que me tornei de repente.
Foi um processo longo, doloroso, hostil, mas eu cheguei até aqui e é incrível, cara. Talvez amanhã eu esteja triste por qualquer coisa boba, mas eu sei que vai passar da mesma forma que chegar. Porque eu consegui preencher dentro de mim o turbilhão de sentimentos que me enfureciam no passado. Porque lá atrás eu prometi tantas vezes buscar a felicidade. Prometi negar tudo que me acorrentava. Prometi a mim mesma buscar a cura para feridas, para sentimentos contrários. Para essa mente insana que machucava tanto e tantas vezes.
Eu consegui calar meus demônios. Eu consegui caminhar. Eu consigo me erguer.
Talvez isso faça parte do sentimento de estar descobrindo alguém. É sempre avassalador quando isso acontece porque me tira do eixo, mas dessa vez parece que está só me deixando feliz demais para me dar conta de qualquer fagulha de fumaça.
Eu sempre tenho medo. Medo dos sentimentos. No entanto, estou caminhando acreditando nesse sentimento que veio tão forte e tão de repente. Talvez eu me machuque pra caralho, mas vez ou outra eu me arrisco em desarmar meus escudos e me derramo por inteiro.
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