(…)
- Eu poderia fodê-la de três maneiras diferentes - sussurrou.
- Não estou interessada. - respondi.
- Eu poderia fazê-la chorar de prazer. - sussurrou de volta e cambaleou.
- Como se chora de prazer? - Indaguei.
- Você só precisa deixar eu te mostrar - E cambaleou mais uma vez com um soluço.
- Você está bêbado, para de falar besteira e vem dançar, vem - E o puxei. Cambaleante veio, agarrou-me fracamente pela cintura e deu dois passos lentos junto com os meus, afundando o rosto e bafo bêbado no meu pescoço.
- Por que você não me leva a sério? - Chorou e dançou timidamente.
- Por que você bebe e chora tanto? - E desatou a chorar e sorrir e cantar no meu pescoço.
- Você sabe o que é o amor, meu querido? - Quis saber.
- Já ouvi falar, dizem que se parece mais com uma enorme dor de barriga. Daquelas que dói até a alma.
- Dor de barriga? - Perguntei rindo.
- É… dor de barriga, sabe? Daquelas que dá um alívio danado quando vai embora. Sabe, você se sente mal quando tá vindo e durante é uma loucura de incômodo e quando finalmente sai tudo, você se sente aliviado pra caralho, me entende? O amor se assemelha a merda que sai de você no banheiro. Você só tem que aprender a dar descarga nessa merda toda e seguir em frente acumulando mais merda. - Chorou cada palavra como se fosse à última.
- Porra, parece que o amor dura pouco, então, o tempo de uma dor de barriga é coisa rápida e o amor também. – Pensei e falei pensativa.
- Hoje em dia sim. - E soluçou e chorou e cantou e me apertou.
- Ainda quer me foder de três maneiras diferentes?

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